Uma das grandes vantagens de viver em Inglaterra é o facto de, apesar da insularidade, sentirmos que estamos mais perto do resto da Europa. Pode ser apenas uma questão psicológica, mas eu e o Sr. Meu Marido damos por nós, várias vezes, a dizer Como é? Damos um saltinho ali à Europa este fim de semana? Temos de aproveitar para sair mais, ainda antes do Brexit, porque depois vai haver certamente mais burocracia e perde-se mais tempo nas filas e nos controles.
(Esta parte das filas é mais conversa do Sr. Meu Marido, pois ele não tem paciência nenhuma para filas, quer seja de caixa de supermercado ou de trânsito. O que achas? Mudamos de fila? Esta funcionária da caixa parece demorar mais tempo a passar as compras, não achas? Ok, pode ser. Mudamos de caixa e ups! Parece que fizemos mal, agora a outra é que está a andar mais rápido! E no trânsito? Hum, a nossa faixa é mais lenta, vou mudar para a da direita, parece mais rápida. Mudamos de faixa e ups! Aquela fila de carros está a andar e nós não avançamos! No!! Porque é que parece que a fila onde estamos é sempre a mais lenta? Será a lei de Murphy? Pois, talvez esta lei possa justificar não só a razão pela qual o pão cai sempre com o lado com manteiga no chão e que, quanto mais tarde for, mais tempo vou demorar a encontrar as chaves do carro desaparecidas no fundo da minha mala, mas também o facto de a fila em que nos encontramos ser sempre a mais lenta, mesmo quando mudamos para outra. :D)
Bem, mas retomemos o assunto original, que a conversa é como as cerejas e este tema daria pano para mangas, que é como quem diz, é assunto que só por si dava para outro post. Pois é, como ia dizendo, gostamos de passear e viajar, e em próximos posts terei, certamente, oportunidade de partilhar um pouco sobre as nossas viagens aos países vizinhos, mas hoje ficamo-nos pelas Inglas (termo carinhoso pelo qual nos referimos, aqui por casa, à Inglaterra. Nem sei bem quando e porquê o termo se cunhou, mas gostámos e ficou, talvez tenhamos ouvido de alguém, se for o caso, avisem, não queremos plagiar ninguém). Ficamos aqui pelas Inglas e ficamos muito bem, porque aqui há imensos sítios lindos para visitar e sobre os quais falar.
Nestes quase três anos de vida inglesa já visitámos várias localidades e, como diria o nosso conterrâneo Malato, fomos muito felizes em muitos desses lugares. Um dos que mais nos marcou foi, sem dúvida, o Cotswolds*. (Não é à toa que o príncipe Henry e a Megan, que para mim será sempre a advogada fofinha dos Fatos, têm lá uma cottagezinha que é como quem diz, em bom português, uma cabaninha, pronto). Mas mais do que palavras, aqui ficam algumas imagens.












sempre na macacada, estou tramada!












* Como pessoa (cada vez mais) espiritual que sou, acredito na magia do Universo e nas co-incidências, ou, como se diz em inglês, na synchronicity e na serendipity. E não posso deixar de registar que na casa da minha mãe em Portugal, na pedra da lareira e, como tal, em destaque na cozinha, no meio de outros bibelots e bricabraques, está uma casinha pequena de cerâmica, muito bonita e romântica, igual às casinhas típicas do Cotswolds. Não sei de onde veio ou como a minha mãe a arranjou, só sei que a casinha me leva, uma vez mais, a pensar e a sentir, que nada na nossa vida acontece por acaso, que nós estamos sempre onde é suposto estar e que esta casinha, que vive há muitos anos na cozinha da minha mãezinha, a vejo agora como um sign (e a nossa vida está cheia deles, se estivermos atentos e os virmos com olhos de ver) de que a vida que vivemos é really divine. 😊