Filho de professora sabe rabiscar … no quadro e na parede

Há uns tempos, quando fui buscar o Leo à escola, dei com ele a escrever numa parede-quadro na salinha dele.

“Mãe, o Leo adora escrever no quadro!”.

“Pois, estou a ver que sim! Que giro!”. Filho de professora sabe escrever no quadro, pensei.

Quando chegámos a casa, lembrei-me de improvisar um quadro na parede da sala, com um restinho de papel autocolante/folha de ardósia que tinha cá por casa, e dei-lhe um giz que tinha dos meus tempos de professora em Portugal.

Por cá, pelo menos nas escolas que conheço, não há quadros de ardósia. Na minha escola só temos flipcharts e quadros eletrónicos. Os alunos têm iPad, com capas coloridas (muito giras), consoante as cores das turmas, que na minha escola têm nomes de cores.

(Na escola do LP, por exemplo, as turmas tinham nomes de árvores).

Para além dos iPad, os alunos têm pequenos quadros brancos (tamanho um pouco maior que A4), há com linhas e sem linhas, onde escrevem com marcadores, uma espécie de “imitação moderna” dos antigos quadrinhos de ardósia.

Voltando à história principal, o Leo rabiscou um pouco no quadro, mas, depois, desinteressou-se. Quem, de vez em quando, ainda ia fazendo uns desenhos por lá era o mano mais velho.

A semana passada fomos ao IKEA e vi lá uns gizes tamanho XL, parecidos com os da escolinha do Leo. Comprei uma caixinha e, quando chegámos a casa, o pequenote quis experimentá-los.

Claro que, para isso, teve de apagar o desenho da Páscoa da autoria do mano que estava lá no quadro. O mini-artista não se fez rogado e passou as suas pequenas mãozinhas pelo desenho, que, na verdade, também já não estava intacto, pois as mãozinhas leves já lá tinham ido passando umas quantas vezes.

Os big gizes foram mais do agrado do Leo do que o pequenino que a mãe lhe deu na primeira vez. E ele, todo animado, rabiscava e falava virado para o quadro.

Gostei de o ver assim, divertido, um mini-me, um mini-professorzinho a registar a lição e a falar para os alunos-brinquedo, de costas voltadas para eles (o que não é lá muito pedagogicamente correto, Stor Leo!).

Toda contente, tirei-lhe umas fotos. Todo contente, lá ficou ele a riscar escrever no quadro enquanto eu saí da sala para ir fazer qualquer coisa.

Quando regressei, passado uns minutinhos, reparei que o quadro não era suficientemente grande para a lição que o Leo tinha planeado e ele teve necessidade de escrever fora do espaço-quadro.

E como o giz branco numa parede branca não era visível (coitados dos alunos!), ele mudou para outra cor, para que todo e qualquer brinquedo seu discente (e havia vários espalhados sentados no chão da sala) pudesse ler convenientemente.

(O Stor Leo aqui já teve muita sensatez pedagógica, é evidente!) 😉

Bem Haja!

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