Sim, Sr. Marco Paulo, tu tinhas (ou tens) dois, mas eu tenho três! Nananananana!
(Estou a começar a escrever este post na minha hora de almoço na escola e, como tal, vou desculpar-me dizendo que esta minha exclamação infantil é influência das crianças que estou a ver a brincar, aqui ao lado, no playground.)
Na verdade, tenho muitos amores, mas hoje vou escrever sobre três em particular.
Este escrito poderia ser dedicado aos meus três rapazes, os meus três grandes amores! Mas não, hoje vou falar sobre os meus três loves no campo laboral, mas que também não deixam de pertencer à esfera amorosa.
O meu tempo dedicado ao trabalho é distribuído entre a minha atividade como professora de línguas e a minha atividade como wellbeing adviser, promoter, coach and mentor, na minha Lovewellbeing Community Hub, ao nível da comunidade, e no projeto BemHaja, a nível empresarial e corporativo.


E como é que arranjas tempo para tudo? perguntam-me, às vezes.
Well, time is what you make of it, que é como quem diz em português, o tempo é o que fazemos dele.
O meu dia também tem vinte e quatro horas, e se há dias que parecem ter apenas quinze, outros há que parecem ter trinta, tal é a quantidade de coisas que vou conseguindo fazer.
Também ajuda o facto de ter um excelente companheiro de journey, de ser um pouco organisation freak e de não perder muito tempo a fazer coisas pouco produtivas, mas que consomem muito do nosso tempo, como estacionar no sofá horas a fio, por exemplo.
(Também já o fizemos, há uns bons anos, quando ainda não tínhamos filhos. Lembro-me de uma fase em que víamos séries como o “Prison Break”, que eram uma verdadeira prisão, pois acabavam sempre num cliffhanger, num momento da trama que era impossível resistir a ver “só mais um”.)
Hoje em dia, sou muito mais seletiva com o meu tempo, com a qualidade do meu tempo e com o que quero fazer com ele.
Na realidade, e agora que reflito sobre isso, penso que, desde que comecei a minha vida laboral, poucas vezes tive tanto tempo livre como tenho agora, o que não deixa de ser curioso, tendo em conta que nunca fiz tanta coisa como agora.
Na verdade, apesar de os meus três amores laborais serem bastante diferentes têm muito em comum, completam-se e complementam-se, e, por isso, tudo se encaixa, faz sentido e flui.
Como professora, já tive oportunidade de trabalhar com várias faixas etárias, mas escolhi ensinar (e aprender com) os mais pequenos e, como tal, dedico-me à educação primária.
Na minha Lovewellbeing Community e no BemHaja o trabalho é essencialmente com adultos.
Com estas três ocupações, procuro contribuir para plantar a sementinha de um mundo melhor.
Um mundo melhor para todos, onde haja entendimento, verdadeira partilha e comunicação (e talvez, por isso, tenha escolhido ser professora de línguas, desde tenra idade).
Um mundo onde nos (re)vejamos nos outros e onde os outros se (re)vejam em nós.
Um mundo mais bem-disposto, mais positivo e mais saudável.
Um mundo mais equilibrado e harmonioso.
Um mundo onde não nos levemos demasiado a sério, mas vivamos com seriedade, um mundo que seja sinónimo de leveza e de felicidade.
“Even the smallest person can change the course of the future.” J.R.R.Tolkien*
*O senhor meu marido, aka, o meu amor mais crescido, quando leu esta frase disse, com o seu humor característico, “Pois, claro, o Tolkien está a falar dos hobbits, que eram small people”! Adorei o seu sentido de humor e ponto de vista prosaico e racional, rimo-nos os dois, mas não me parece que o Senhor de “O Senhor dos Anéis” se estivesse a referir à estatura física das pessoas, meu amor. Todos nós, na nossa individualidade, somos esta “smallest person” e tudo o que fazemos, de bom ou menos bom, tem impacto, bom ou menos bom, no mundo, primeiro no nosso mundinho e, em seguida, no Mundo.